OCI - Modus Operandi

O Observatório da Comunicação Institucional – OCI – criado em 01/02/2013, é mantido por uma sociedade educativa sem fins lucrativos que reúne acadêmicos, profissionais, estudiosos e demais interessados nesta especialidade da comunicação.

O OCI é um espaço destinado à análise e reflexão crítica sobre a conduta das organizações em suas relações públicas – discurso, atitude e comportamento.

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Flatulência em cadeia.


Estrutura de evento do Bradesco desaba na Bahia e mata um operário. Este é "sua excelência" o fato.

O que acontece "na mídia"?

O Bradesco "solta uma nota" em que declara que "lamenta o ocorrido - a responsabilidade sobre a montagem do evento não é sua, mas de outra empresa, a TV1".

Por sua vez, a TV1 "solta uma nota" e declara que "lamenta o ocorrido - adota todos os procedimentos de segurança exigidos pela legislação vigente no país".

("Solta-se" notinhas como quem libera gases).

COMENTÁRIO DO OCI - Marcondes Neto

Então, tá! Ficamos assim. Não aconteceu nada, ok?

A profissão que consiste em divulgar junto à imprensa matérias - não só as boas, as más também - de interesse de pessoas, empresas e demais organizações é a de relações-publicas. No mundo todo - e não há de ser diferente no Brasil.

Flatulência...

As empresas mais toscas (tanto clientes como de assessoria) contentam-se: havendo um fato com potencial destrutivo junto à opinião pública, solta-se a nota. - Pronto... posicionamo-nos!

Aí, então, a outra parte também solta uma nota - numa flatulência em cadeia. - Pronto... replicamos! E às vezes ainda vêm uma tréplica... poom!

Neste jornalismo de "guerra de notas", quem sai sempre perdendo são: a cidadania, a verdade e a própria atividade jornalística.

Assessoria de Imprensa não é profissão. 

Assessoria de Imprensa é função. Assessor de imprensa é cargo. Mas a profissão é relações-públicas. No mundo todo. Se mais relações-públicas fizessem "assessoria de imprensa", com sua formação totalmente diferenciada em relação à dos jornalistas - que são pessoas unicamente responsáveis por escrever e "emplacar" (este é o jargão dos coleguinhas) texto do interesse de seu cliente, nunca por influir em modo de gerir - teríamos talvez menos notícias, mas com certeza melhores práticas empresariais.

Nossos empresários/executivos-clientes seriam mais responsáveis e agiriam com mais noção de responsabilidade civil - e não só responsabilidade midiática de estar "bem na foto" - mesmo quando matam.

Leia mais sobre este tema:

Gato por lebre? Não. Cavalo por boi.

Profissão: concurseiro.

Guerra de notas.


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